Diabetes
- Victor Mattar
- 18 de set. de 2023
- 3 min de leitura
Evitando complicações do diabetes: o poder da prevenção.
“Açúcar no sangue” é a denominação popular de glicemia. Aqui explicaremos o motivo pelo qual seu controle é tão importante e o papel da alimentação saudável no manejo.
Nossa glicemia varia ao longo do dia e isso é normal, fisiológico. O produto da digestão de diversos alimentos (carboidratos por exemplo) são açúcares, o que muda é a velocidade com que esse processo ocorre e de forma mais lenta costuma ser mais vantajoso.
Referência:
Jejum de 8 a 12 horas: 70-99mg/dl
Glicemia pós prandial ou após sobrecarga de glicose: até 200mg/dl
Glicemia em jejum entre 100 e 125mg/dl = pré diabetes
Glicemia em jejum >125mg/dl = diabetes
Glicemia sem jejum > 140mg/dl = intolerância à glicose
Glicemia sem jejum > 200mg/dl = diabetes
Vale ressaltar que recomenda-se monitorar a glicemia no mínimo uma vez ano e estar atento ao sinais de alerta.
Principais sintomas:
1- Polidipsia = muita sede
2- Poliúria = excesso de urina
3- Polifagia = fome descontrolada
4- Perda de peso sem causa aparente
5- Fadiga
6- Cansaço
7- Pele ressecada
8- Maior sucetibilidade à infecções
9- Vista “embaçada”
10- Tonturas e náuseas
11- Cefaleia = dor de cabeça
12- Dificuldade de cicatrização
DIABETES
De acordo com o Ministério da Saúde, a diabetes melitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta dela provoca déficit na metabolização da glicose e, conseqüentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Tipo I – De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), são de 5-10% dos casos diagnosticados. Essa condição autoimune faz com nossas células de defesa ataquem as células beta pancreáticas (responsáveis pela produção da insulina). Sem sua produção, a glicemia permanece alta e não é utilizada como fonte de energia.
Tipo II – 90% dos casos. Ainda de acordo com a SBD, o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar/dieta. Em outros casos, exige o uso de insulina ou outros medicamentos.
Gestacional – Durante a gravidez, as mulheres passam por mudanças hormonais importantes. Em alguns casos específicos, o corpo cria uma resistência à insulina provocada pelos próprios hormônios da gestação. Geralmente isso acontece no terceiro trimestre da gravidez e na maioria dos casos não apresenta sintomas (por isso o risco). Estima-se que esta alteração ocorra em até 20% das gestações, podendo afetar inclusive mulheres sem histórico pessoal e familiar da doença, geralmente desaparecendo após o parto.
PREVENÇÃO
Perder peso reduz o risco de diabetes. Aqueles com pré diabetes devem perder de 7-10% para diminuir o risco de progressão da doença.
O exercício físico leva a diminuição de peso corporal, regula a glicemia e melhora a sensibilidade à insulina.
Foque em alimentos do reino vegetal. Eles são ricos em vitaminas, minerais, compostos bioativos e fibra alimentar. Elas controlam o nosso apetite, auxiliam com a perda de peso e regulam a glicemia.
Alimentos: frutas, verduras, leguminosas, raízes, tubérculos e cereais integrais.
Evitar: açúcares, carboidratos refinados e alimentos industrilizados.
Devemos dar ênfase também nas chamadas “gorduras boas” – mono-insaturas como as do grupo Ω-9 e poli -insaturadas como os Ω-6 e Ω-3.
Alimentos: sementes, castanhas, amendoim, abacate, azeite de oliva, óleo de canola (entre outros vegetais).
Peixes de águas frias como salmão, sardinha, arenque, bacalhau e cavalinha.
Evitar: alimentos industrializados fonte de gorduras trans e diminuir o consumo de gordura de origem animal como as presentes na carne de aves, bovinos e suínos.

